quinta-feira, 28 de abril de 2011

Intimidade enigmatica

Ao fechar os olhos se vê uma luz vermelha que aos poucos enegrece seu mundo para lentamente iluminar sua alma. A primeira parte que se pode tocar é uma nuvem macia e suave que guarda a imagem que os outros veem, a figura de uma pessoa até que bonita mas que não sabe se vestir, que anda parecendo um pinguim, sem expressão, e sem talentos, uma figura esquisita e estranha aos olhos do mundo.

Na segunda parte se vê uma figura confusa, de formas distorcidas, por pensamentos que vão do absurdo ao ilógico, sem nenhuma noção de realidade ou de formalidade. Emoções tão absurdas quanto os pensamento... lembra uma pessoa retardada, uma grande trouxa que deveria estar num circo.

Na terceira parte vemos uma figura apagada, consumida por medos e traumas, uma ovelha cercada por lobos famintos, insegura de si mesma, sem confiança, uma marionete sem graça.

Na quarta parte vemos um abismo se formar, mostrando um monstro cruel e assassino com sede de sangue, num ambiente de morte e destruição, onde só existe o mal, um lugar escuro e sem vida...

Na quinta parte vemos um deserto misterioso, onde esconde-se tesouros e também demônios, e muitas marcas do passado.

Na sexta parte vemos uma muralha e um enorme portão fechado, são todas as barreiras que surgiram durante a caminhada, são resistências e feridas que lacram o portão. É uma das mais complexas figuras pois o portão tem em si cada uma das partes anteriores.

Na sétima parte fica o lado de dentro do grande portão, é um universo silencioso que reune tudo que há e não há, é como voar pelo negro e pelo branco de um tao.

E na oitava e última parte existe um anjo, uma fonte de amor e vida que jorra incessantemente, um pequeno éden, onde sonhos e desejos nascem, um lugar lindo, inimaginável, que só se pode sentir e saborear na transcendência do amor.

Todas essas partes pertencem a mim, uma alienigina na terra, um ser humano buscando criar-se e recriar-se como experiência de Deus.

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